Uma comitiva da OAB Paraná esteve na semana passada na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Oeste do estado, para conhecer o funcionamento da unidade e, especialmente, avaliar as condições do exercício profissional e o respeito às prerrogativas dos advogados. Entre as reclamações que chegam à Câmara de Direito e Prerrogativas e à Comissão da Advocacia Criminal da OAB Paraná, a mais preocupante refere-se ao monitoramento de todos os atendimentos profissionais e entrevistas mantidos entre os advogados e seus clientes lá detidos. O monitoramento está amparado numa decisão judicial, mas para a OAB a medida afronta as prerrogativas profissionais da advocacia. O estatuto da OAB estabelece que a entrevista entre advogado e cliente deve ser realizada de forma pessoal e reservada.
De acordo com o presidente da OAB Paraná, Juliano Breda, a Seccional estuda medidas para restabelecer o respeito às prerrogativas, essenciais não apenas ao exercício profissional, mas ao próprio Estado democrático de direito. Além do presidente da OAB Paraná, integraram a comitiva os diretores Cássio Lisandro Telles, Eroulths Cortiano Júnior e Iverly Antiqueira Dias Ferreira, o conselheiro federal José Lucio Glomb, o presidente da subseção de Cascavel, Juliano Murbach, o procurador geral da OAB, Andrey Salmazo Poubel, a presidente da Comissão da Advocacia Criminal da OAB Paraná, Priscilla Placha Sá, e o advogado e membro da Comissão de Direitos Humanos da Subseção de Cascavel, Luciano de Souza Katarinhuk. A comitiva foi recebida pelo diretor do presídio, Fabiano Bordignon.